quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Redação na escola: incentive o aluno a pensar

Para meus colegas Professores:

Redação na escola: incentive o aluno a pensar

Quem nunca recebeu uma redação (escolar ou não) vazia de significado e que, ao terminar a leitura, não foi capaz de entender o que o autor quis dizer? Você, que presumiu que os alunos soubessem se expressar por texto, agora tomou esse susto. Recebeu um monte de palavras no papel. Como fazer o estudante recuperar/adquirir a capacidade de discursar pela escrita?
Vamos pensar nos grandes escritores. Camões pediu às ninfas do rio Tejo (as Tágides) que elas o ajudassem na empreitada de cantar as glórias de seu povo. “Cantando espalharei por toda parte/Se a tanto me ajudar o engenho e arte”, disse o poeta no Canto I de Os Lusíadas. Arte não é todos que podem, mas engenho é pra quem quer. Escrever é um trabalho duro de revisão, reescrita, reestruturação de texto. É incrível como ainda tem gente que pensa que escrever é APENAS sentar-se diante de uma folha de papel e “deixar a imaginação solta”.
Hoje, o principal problema apresentado em redações escolares pode ser resumido assim: o aluno não sabe pensar o texto como uma conversa. E o erro está no modo que a redação foi um dia introduzida em sua vida. Quem nunca ouviu a professora orientar a divisão da redação “Introdução/Desenvolvimento/Conclusão”? Sem explicar o por quê da famosa fórmula, as regras tornaram-se engessadoras da produtividade.
Seria mais fácil mostrar ao aluno que a redação é discurso, conversa, é necessário apresentar uma idéia e debatê-la com leitor. E para isso é preciso reescrever muitas vezes um texto, ter [algum] conhecimento no assunto debatido, lê-lo em voz alta, apresentar para que outra pessoa o leia e aponte o que não ficou claro. No final das contas, ensinar o aluno a argumentar é o mesmo que ensiná-lo a PENSAR!
E olha que tem gente que perde tempo pensando que o “miguxês*” é o maior problema das nossas redações. (*miguxês – linguagem usada para comunicação informal em chats, orkut, bilhetinhos; escrita que utiliza sons da língua portuguesa. ex. “miguxo amu todos vo6! beijaum! s2″.)

http://www.contosdaescola.net/redacao-na-escola-incentive-o-aluno-a-pensar/ acesso em 19/08/2010

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